Feitos e efeitos da Ansiedade
A
ansiedade em nossos dias é inevitável. No meu trabalho clinico recebo pessoas
falando que são muito ansiosas, questionadas sobre como seria ser assim,
algumas têm dificuldades em descrever outras falam o que fazem. O termo
ansiedade vem do latim anxietas, que significa desejar, preocupar-se. Para
Freud a ansiedade está ligada a conflitos internos a situações comuns do nosso
dia a dia e da nossa relação com o ambiente em que vivemos.
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Ansiedade é um sentimento vazio e desagradável de medo, inquietação,
caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de algo
desconhecido ou estranho. Vale lembrar que existe uma ansiedade normal e a
ansiedade patológica e para diferencia-las é necessário avaliar se a reação
ansiosa é de curta duração, auto limitadora e relacionada ao estímulo do
momento ou não, dentre outros fatores.
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Como tudo que é psíquico existe uma história por trás do sintoma, nada
acontece aleatoriamente, não me refiro ao evento ansioso, mas sim a
manifestação, na forma de lidar com as situações diárias, isso se repente e a
intensidade e o número de vezes é o que faz as pessoas se assustarem, pois,
notam que os sintomas estão comprometendo o funcionamento da vida.
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Existem diversos tratamentos, o uso de medicamentos é uma deles que tem
condição de auxiliar nas sensações desagradáveis. Mas não é suficiente, não há
remédios para conflitos se não falar. A medicação pode ajudar muito, pois, que
tem uma ansiedade patológica muito intensa apresenta sintomas físicos e com uma
certa gravidade, tais como taquicardia, falta de ar, perda do sono ou sono
perturbado, alimentação desregrada, pode ter dificuldade em falar e começar a
gaguejar, ejaculação precoce, provocar a vontade de fumar ou aumentar o número
de cigarros por dia, etc. Na busca intensa de aliviar o que está
sentindo.
As pessoas ansiosas podem atingirem níveis elevados de hormônios
relacionados ao stress, a frequência cardíaca e pressão arterial alterada é
capaz de aumentar em 33% as chances de sofrerem um AVC. E não são raros
pacientes nos consultórios de Psicologia/Psicanalise encaminhados pelos médicos
após um AVC.
Digo à alguns pacientes não existem remédios para pesadelos se não falar
sobre eles, e é assim também para o desconforto angustiante da ansiedade.
O grau de ansiedade de algumas mulheres chega ser tanto que durante a
gestação não espera os 9 meses para ver o rostinho dos filhos. Isso acontece de
maneira inconsciente, sem planejamento prévio. Não é uma regra geral para o
nascimento de todas as crianças antes dos nove meses, mas já é comprovado
cientificamente que o desejo da mãe de ter seus filhos nos braços pode
antecipar o parto. Todos esses sinais ansiosos acontecem por causa do
deslocamento da tensão psicológica que se direciona para os movimentos do
corpo. As pessoas muito ansiosas preferem subir muitas escadas do que ficar no
elevador.
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A dúvida é presente em vários aspectos da nossa vida, no nosso
imaginário, no inconsciente, uma que é frequentemente causadora de muita
ansiedade é: “O que o outro quer de mim?”. Poucas pessoas se dão conta desse
questionamento que se fazem. O “outro” não é necessariamente uma pessoa, mas
algo ou alguém que o ansioso se coloca a pensar. Pode ser tanto o trabalho, a escola,
sociedade, os pais, mídia, namorado (a), conjugue, etc. A questão principal a
se avaliar é por que acreditar nisso, ou obedecer uma exigência que talvez nem
exista na realidade e só na imaginação?
Atendo pacientes com ansiedade, sofrenando de um mal que não sabem de
onde vem. O trabalho de fazê-los pensar sobre a própria vida, os
relacionamentos que construíram e sobre os seus planos futuros têm seus efeitos
simbólicos e significativos na história de cada um. Falar e ser escutado pode
livrar-nos de muitos males da vida cotidiana.
Gilvandro Benvindo
Psicólogo e Psicanalista
CRP: 06/126.334
WhatsApp: 11 97691 8109
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