Seus filhos em direção à adolescência
Seus filhos em direção à adolescência
Postar fotos com os filhos nas redes sociais com uma legenda
emocionante já é o clichê, principalmente se são crianças e não vão se opor aos pais por não gostarem das fotos.
Agora se os filhos são adolescentes a história muda um pouco.
As dificuldades de cuidar de bebês e crianças
pequenas são bem conhecidas, mas vêm seguidos de uma compensação bem
satisfatória. Exercer esse papel de cuidador (a) de alguém tão pequeno, frágil,
indefeso nos dar uma sensação de potência, de ser super-homem (mulher), pelo
simples fato de poder cuidar. Isso é reforçado principalmente pelo
“serumaninho” (risos) que estar sendo cuidado, o olhar da criança feliz e
satisfeita é motivador para qualquer um que cumpre essa tarefa. É interessante
observar a mudança dessa relação, quem antes era criança se tornou adolescente
e os comportamentos mudam significativamente. Os pais também passam por essa
fase da vida encarando diferentes riscos, perigoso, e talvez até tendo atos
irresponsáveis, pensando na adolescência que tiveram podem imaginar o que os
filhos são capazes de desejar fazer, por tudo que eles viveram ou não
escolheram realizar por falta de coragem. Acredito que essa projeção também se
aplica no que equivale aos cuidados, ao afeto, as agressões, aos conflitos
emocionais. Pais e mãe em alguns momentos na convivência com seus filhos
comportam-se afetivamente como gostaria de terem sido tratados na, nessa etapa
da vida. Consideram suas experiências sendo validas para que os filhos façam as
escolhas deles. A frase popular “vou dar para os meus filhos o que eu não tive”
é um bom exemplo disso, e o engano fatal. Quem disse que os filhos vão quer os
que os pais não tiveram? Às vezes eu até acho engraçado conversar com meus
amigos pais e mães que ficam planejando o futuro certo dos filhos, escolhem
tudo para os pequenos, ai o filho chega e fala, NÂO, quero diferente! Expõem o
desejo ou quando aceitam não adere com a mesma alegria que os pais imaginavam.
As festinhas de aniversário são o máximo, adoro ir em todas para ver a
felicidades e a preocupação dos meus amigos, os pais dos aniversariantes, eles
trabalham para tudo sair perfeito, afinal é festa! De quem realmente é a festa
fico pensando, da criança ou dos adultos (risos). Mas também é real a
felicidade de todos em festejar o nascimento, a existência dos filhos. Um ato
de grande vália para os filhos.
Os
pais e mães de futuros adolescentes reconhecem os perigos reais que seus filhos
podem se envolver. Nesse momento surgi a angústia de não saber, exatamente,
como deixar os filhos imunes de um mundo “mal” e “perverso”. Outra fonte de
angústia é a exigência constante de amor incondicional dos adolescentes a seus modos,
do jeito deles, como eles acreditam que tem que ser. É quase uma repetição de
comportamento da festa de aniversário feita na infância deles, pelos pais.
Penso
que o melhor para pais e filhos seja desfazer a imagem idealizada uns dos
outros que criaram, para que cada um possam assumir as posições potentes de
suas existências, distanciando-se da infantilização. Podendo compreender
situações da vida, tais como viver o luto, a ausência um do outro, e perceber
as fragilidades, virtudes, potencial de ambas as partes.
Gilvandro Benvindo
Psicólogo e Psicanalista
CRP: 06/126.334
WhatsApp: 11 97691 8109
As dificuldades de cuidar de bebês e crianças pequenas são bem conhecidas, mas vêm seguidos de uma compensação bem satisfatória. Exercer esse papel de cuidador (a) de alguém tão pequeno, frágil, indefeso nos dar uma sensação de potência, de ser super-homem (mulher), pelo simples fato de poder cuidar. Isso é reforçado principalmente pelo “serumaninho” (risos) que estar sendo cuidado, o olhar da criança feliz e satisfeita é motivador para qualquer um que cumpre essa tarefa. É interessante observar a mudança dessa relação, quem antes era criança se tornou adolescente e os comportamentos mudam significativamente. Os pais também passam por essa fase da vida encarando diferentes riscos, perigoso, e talvez até tendo atos irresponsáveis, pensando na adolescência que tiveram podem imaginar o que os filhos são capazes de desejar fazer, por tudo que eles viveram ou não escolheram realizar por falta de coragem. Acredito que essa projeção também se aplica no que equivale aos cuidados, ao afeto, as agressões, aos conflitos emocionais. Pais e mãe em alguns momentos na convivência com seus filhos comportam-se afetivamente como gostaria de terem sido tratados na, nessa etapa da vida. Consideram suas experiências sendo validas para que os filhos façam as escolhas deles. A frase popular “vou dar para os meus filhos o que eu não tive” é um bom exemplo disso, e o engano fatal. Quem disse que os filhos vão quer os que os pais não tiveram? Às vezes eu até acho engraçado conversar com meus amigos pais e mães que ficam planejando o futuro certo dos filhos, escolhem tudo para os pequenos, ai o filho chega e fala, NÂO, quero diferente! Expõem o desejo ou quando aceitam não adere com a mesma alegria que os pais imaginavam. As festinhas de aniversário são o máximo, adoro ir em todas para ver a felicidades e a preocupação dos meus amigos, os pais dos aniversariantes, eles trabalham para tudo sair perfeito, afinal é festa! De quem realmente é a festa fico pensando, da criança ou dos adultos (risos). Mas também é real a felicidade de todos em festejar o nascimento, a existência dos filhos. Um ato de grande vália para os filhos.
Psicólogo e Psicanalista
CRP: 06/126.334
WhatsApp: 11 97691 8109
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